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Oxigenoterapia Domiciliar: o risco do uso do oxigênio sem prescrição médica

Publicado em Maio 30, 2023

5 minutos

Homem ajustando o aparelho de oxigênio portátil de uma mulher

A Oxigenoterapia Domiciliar é um tratamento médico que consiste na administração de oxigênio suplementar em casa, para que pessoas com insuficiência respiratória crônica ou outras condições de saúde possam repor o déficit de oxigênio (O2) no sangue. 

Há diferentes tipos de fonte de oxigênio disponíveis para terapia domiciliar, como: cilindro de oxigênio medicinal, oxigênio líquido (LOX), concentradores estacionários e portáteis. 

A administração do oxigênio requer cuidado e atenção, e é essencial que o paciente inicie e siga o tratamento apenas com prescrição e orientação médica. Do contrário, o uso incorreto e excessivo de oxigênio a longo prazo pode comprometer a saúde ao invés de ajudá-la. Continue a leitura para saber mais.

Médica usando um estetoscópio para examinar o pulmão e os batimentos cardíacos do paciente sentado na maca.

Quais são os efeitos colaterais do oxigênio em excesso?

O uso do oxigênio a partir de aparelhos funciona como um medicamento. Logo, é preciso ser dosado e prescrito adequadamente. 

Nesse momento, você pode estar se perguntando “Mas, por que nós respiramos naturalmente e nada acontece?” Pois bem, em condições normais, o ar é composto por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Já na oxigenoterapia, o paciente pode consumir até 100% de oxigênio e é justamente por isso que a dosagem correta é imprescindível. 

Em outros termos, o O2 se torna uma substância tóxica se consumido em excesso e  pode causar danos ao sistema pulmonar dificultando a troca gasosa pelo sangue e levar a insuficiência da função do pulmão.

O uso de oxigênio em excesso pode provocar sintomas diferentes conforme o perfil do paciente, como:

  • Dispneia: caracterizada pela respiração rápida e curta;
  • Inquietação em geral: semelhante à agitação de pessoas em crise de ansiedade;
  • Tontura e mal-estar: definido por sintomas de vertigem, indisposição e perturbação;
  • Fadiga: representando cansaço mínimo e frequente em movimentos simples do corpo;
  • Dificuldade respiratória: identificada quando a pessoa faz muito esforço no ato de inspirar e expirar;
  • Parestesia: caracterizada pela sensação de dormência em membros como mãos, braços, pés e pernas.

O que significa saturação baixa de oxigênio?

Nos últimos dois anos, a OMS (Organização Mundial de Saúde) popularizou o termo “saturação baixa de oxigênio" no noticiário. Mas, você sabe, de fato, o que isso significa? 

O termo, também conhecido como hipoxemia, é uma condição em que o sangue não transporta uma quantidade suficiente de oxigênio para os tecidos do corpo. Isso pode ocorrer por diversas razões, incluindo doenças pulmonares, cardiovasculares ou mesmo em grandes altitudes. 

Ter uma saturação baixa de oxigênio quer dizer que os níveis de O2 no sangue estão abaixo do normal. A hipoxemia pode ser medida por meio de oxímetro, um aparelho que avalia a saturação de oxigênio no sangue de forma rápida. Em condições normais, o índice de oxigênio é entre 97% e 98%, que poderá ter variação de acordo com quadro clínico de saúde de cada paciente.

A Oxigenoterapia Domiciliar é indicada para quem?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), é possível inferir que no Brasil existem aproximadamente 65 mil usuários crônicos de oxigênio — seja em ambiente hospitalar ou em domicílio.

A SBPT afirma que pacientes com hipoxemia crônica decorrente da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são um dos principais beneficiários da oxigenoterapia domiciliar. Vale destacar ainda que, em alguns casos de fibrose pulmonar, edema pulmonar e pneumonia, o tratamento também pode ser indicado. 

Como já citamos, a prescrição médica é obrigatória para a oxigenoterapia domiciliar. Essa indicação pode ser avaliada pela equipe multiprofissional baseada em evidências clínicas e presença de PaO2 (Pressão Parcial de Oxigênio no sangue) abaixo dos valores normais de referência (entre 56-59 mmHg) ou na presença de sinais sugestivos de cor pulmonale, insuficiência cardíaca congestiva, entre outros.

Os valores acima só podem ser considerados quando:

  1. Obtidos em laboratório confiável; 
  2. Existe prescrição médica detalhada da necessidade do O2;
  3. Há determinações com o paciente estável clinicamente e com abordagem terapêutica otimizada;
  4. O paciente é reavaliado após três meses para verificação da real necessidade da oxigenoterapia domiciliar.

A SBPT reitera que entre os principais benefícios da oxigenoterapia domiciliar estão a melhora da qualidade de vida, o aumento da tolerância ao exercício, a diminuição do número de internações, além da melhora do estado neuropsíquico.

Homem sentado com o catéter de oxigênio na mão recebendo orientações de uso de dois profissionais para Oxigenoterapia Domiciliar

Cuidados com a Oxigenoterapia Domiciliar

Para garantir a segurança e eficácia da terapia em casa, é importante levar em conta algumas dicas:

Siga as orientações médicas: a oxigenoterapia domiciliar deve ser prescrita e orientada por um médico. É essencial seguir todas as orientações sobre a dosagem, o tempo de uso e as formas de administração do oxigênio suplementar. 

Mantenha o equipamento em bom estado: equipamentos como os cilindros, concentradores e umidificadores, devem ser mantidos em bom estado com manutenção regular. Siga as instruções do fabricante e da equipe multiprofissional para garantir o funcionamento adequado. 

Evite fumar ou estar perto de fontes de fogo: o oxigênio é um gás inflamável, por isso é importante manter a distância de fontes de fogo ou calor, como fogões, velas ou cigarros acesos. 

Não altere a dosagem: A dosagem correta é fundamental para garantir a eficácia da terapia. Não altere o fluxo de oxigênio prescrito pelo médico sem orientação do profissional responsável. 

Monitore a saturação de oxigênio: com um oxímetro de pulso (aparelho portátil que mede a quantidade de oxigênio no sangue) é possível realizar um monitoramento regular. Informe a equipe responsável caso haja alterações na saturação de oxigênio. 

Mantenha a higiene: é importante manter a limpeza do equipamento e do ambiente. Ao manipular o oxigênio suplementar, lave as mãos regularmente com água e sabão ou utilize álcool em gel para evitar infecções. 

Mantenha o ambiente ventilado: abra as janelas e evite o uso de sprays inflamáveis. Manter o ambiente ventilado pode reduzir o risco de incêndios.

Homem utilizando concentrador transportável de oxigênio conversando com seu neto no parque

Nossas soluções para Oxigenoterapia Domiciliar

O VitalAire oferece uma solução completa de oxigenoterapia domiciliar para portadores de doenças pulmonares como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), permitindo que tenham mais mobilidade e qualidade de vida. 

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Referências

Orientações sobre o uso racional de oxigênio em pacientes com Covid-19 | 2021 | Disponível em:

https://pebmed.com.br/orientacoes-sobre-o-uso-racional-de-oxigenio-em-p…

Programa de reeducação funcional respiratória para a pessoa com insuficiência respiratória e necessidade de oxigenoterapia | 2021 | Disponível em: https://repositorio.ipbeja.pt/bitstream/20.500.12207/5545/1/PDFA_Helena…;

Recomendações para oxigenoterapia domiciliar prolongada da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia | 2022 | Disponível em: https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3750/pt-BR/recomendacoes…-

Oxigenoterapia Domiciliar: o risco do uso do oxigênio sem prescrição médica